Tanta coisa,
tanta coisa.
Tanto desespero, tanta satisfação.
Tanta liberdade e prisão.
by Allen Williams |
Foram tantos os pensamentos. Pensamentos que
vão do quão afetada me deixa a construção do que tenho que erguer até me
questionar sobre como vou viver, como irei morrer; a lucidez é meu único
desejo. Cheguei a conclusões que me levaram a um vazio maior do que o
de costume; vazio esse em lugares antes repletos do meu pouco, mas suficiente,
tudo. Um vazio que não faz minha derme sofrer, mas que avassala o que eu sou.
Como me deixei transformar o monstro que me perseguia em alguém
indiferente e alguém que estimo o melhor, pelo bem que me fez. Não tenho como
não pensar nas coisas que me aparecem na mente depois das sessões no psicólogo.
Não tenho como deixar de falar do como me acho perdida na minha razão, ao ponto
de não saber ao certo do que venho fazer aqui, ou por ali com meus amigos, ou logo
entre minhas leituras e meus escritos.
A consciência de que
sou apenas poeira das estrelas não se esvaiu e forço que ela não desapareça. Se
ela sumir, o que restará dessas sinapses? Não que eu tenha passado a pensar que
sou algo além de um organismo que deixará apenas carbono para as próximas
gerações. Mas, que pensando nisso eu tenha me perguntado do que vale minha
inquietação? Minha paixão? Meu esforço em busca dessa maldita verdade, dessa
razão?
Sempre eles os anos. Os que
não vieram e que eu não sei se viram. Só eles me responderam...
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