sexta-feira, 11 de maio de 2012

Perdida na minha razão


Tanta coisa, tanta coisa. 
Tanto desespero, tanta satisfação. 
Tanta liberdade e prisão.


by Allen Williams

 
 
     Foram tantos os pensamentos. Pensamentos que vão do quão afetada me deixa a construção do que tenho que erguer até me questionar sobre como vou viver, como irei morrer; a lucidez é meu único desejo. Cheguei a conclusões que me levaram a um vazio maior do que o de costume; vazio esse em lugares antes repletos do meu pouco, mas suficiente, tudo. Um vazio que não faz minha derme sofrer, mas que avassala o que eu sou.
 
     Como me deixei transformar o monstro que me perseguia em alguém indiferente e alguém que estimo o melhor, pelo bem que me fez. Não tenho como não pensar nas coisas que me aparecem na mente depois das sessões no psicólogo. Não tenho como deixar de falar do como me acho perdida na minha razão, ao ponto de não saber ao certo do que venho fazer aqui, ou por ali com meus amigos, ou logo entre minhas leituras e meus escritos. 
 
      A consciência de que sou apenas poeira das estrelas não se esvaiu e forço que ela não desapareça. Se ela sumir, o que restará dessas sinapses? Não que eu tenha passado a pensar que sou algo além de um organismo que deixará apenas carbono para as próximas gerações. Mas, que pensando nisso eu tenha me perguntado do que vale minha inquietação? Minha paixão? Meu esforço em busca dessa maldita verdade, dessa razão? 
 
    Sempre eles os anos. Os que não vieram e que eu não sei se viram. Só eles me responderam...



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