sábado, 21 de abril de 2012

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Sábado. Aquele dia de fim de semana, onde as coisas são sopesadas e levadas à reflexão. Pelo menos pra mim é assim. Esporadicamente eu posso fazer qualquer outra coisa durante vintes horas de um sábado, mas as outras quatro, são todas para dizer-me das loucuras que fiz ou deixei por fazer.

Essa semana foi excepcional, não por grandes coisas, mas pelas coisas pequenas. Domingo, dia 15 acordei aos berros com Geisiane. Ela não queria levantar pra estudar, Xinguei desde às 5:15 da manhã, as nove e pouca ela levantou e foi dar jeito de estudar. Ela ainda não entendeu que não está mais nos seus seis anos, estudando na escola daqueles anos. Aliás, ela insiste em chamar a Universidade de escola, logo dou jeito nisso.

Terça, quarta, quinta e só uma coisa na minha cabeça, eu tinha uma grande prova. Não só por ela dizer se eu terei condições de passar na cadeira, mas principalmente pra eu provar pra mim que eu sou capaz e não uma simples oradora superficial e enfadonha. O julgo de alguns é sim imprescindível pra mim, mesmo quando olham de dentro daquela maldita sala. A prova se foi, e eu ainda não sei se relaxo. Essa dúvida, se eu fui bem ou não, não sai de trás da minha orelha.

Olha que bom, fui ao psicólogo na quinta, depois da prova, acreditam?! Ele me parece ser bem uma esfinge. Só que grita com os olhos: “Decifra-te ou eu lhe devorarei”. Não sei se ele me devoraria, mas pouca coisa sobra se eu não descobrir, ou melhor, aceitar quem eu sou. Mais sobre isso nos meus caderninhos intocáveis, os quais vocês não tem acesso. As vezes, nem Geisiane.

Essa semana que começa amanhã vai ser cheia, por que eu tenho resultados, daquela prova ali de cima e da prova de Filosofia, tenho o começo do ‘trabalho’ no Arquivo da Câmara de Mariana, tenho prova de Brasil I, que aliás já começa a me preocupar, por que não sei nem por onde começar alguns fichamentos dos textos que são base pra essa prova e por fim um monte de coisas que eu não sei que vão acontecer, mas vão me deixar louca.

O bom é que semana que vem acaba e abre os braços para um feriadão. Vem visita carioca por aí e tempo pra jogar conversa fora com os friends.

E assim vai a vida, vivendo o dia de hoje sonhando com o feriado da semana que vem...




sábado, 14 de abril de 2012

Julgo



Existe uma sala ela está lacrada por uma porta que tem um olho mágico, uma maçaneta e uma fechadura ínfima. Dentro dessa sala está a História. Eu estou espiando pela fechadura e captando os fragmentos, já que não tenho a chave - ainda - pra abrir a porta... Só que eu não serei julgada pelos fragmentos, mas pelo todo e  por alguém que está dentro da sala, alguém tem tatuado na pele as marcas de um estudo aprofundado da história, dada sua proximidade com ela e que além de tudo me vê pelo olho mágico.
Cruel?
                    Não deve ser...



segunda-feira, 9 de abril de 2012

!


                    Eu sempre quis ter contato com a natureza. Andar por aí com o pé na terra, nadar talvez, quem sabe surfar, voar, saltar de para quedas, eu podia até aprender a mexer com fogo e me tornar mestre em pirotecnia... Mas não deu, o máximo de integração que eu tenho com a natureza, é passar os dias olhando pro céu a espera de chuva, pra poder sair na área livre da casa e tomar banho de água fria. É, até quando eu vou sempre querer e nunca resolver ter?


sexta-feira, 6 de abril de 2012

"...O abismo acabará por olhar dentro de ti."


by Orlando Pedroso




“Quem deve enfrentar monstros deve permanecer atento para não se tornar também um monstro. Se olhares demasiado tempo dentro de um abismo, o abismo acabará por olhar dentro de ti.”

Friedrich W. Nietzsche


Essa é a citação que descreve com maior precisão o desenrolar dos acontecimentos desse início de graduação. Além de uma resposta aos desdobramentos, é também o prelúdio do meu temor: Até onde aguentarei não me transformar em um monstro? Até quando conseguirei manter os olhos do abismo longe dos meus?

As transformações são evidentes desde as primeiras aulas, mas eram mínimas neuroses que estavam tomando conta da derme, do organismo. Conversando com amigos depois de ver o filme “A Dama de Ferro”, que, aliás, é muito bom, nós começamos a falar do nosso empreendimento empirista.  Cada qual com seu mundo, eles numa mesma galáxia e eu em outra que nem sei como fui parar. Explico: As ciências humanas e sociais aplicadas são a Via Láctea, lugar onde eu nasci e onde eles estão já eu me encontro em uma galáxia não tão distante, mas onde o pensamento é distante o suficiente pra ser percebido sem muito esforço, parece que não tem nada de prático, coisa que eu não concordo, mas nos olhos alheios é uma teoria que de longe é atemporal, mas pra eles está presa no passado.

Como só o outro consegue ver alguma coisa de nós, eu aceito a afirmativa deles quanto ao distanciamento que já começo a lidar com as coisas, e captando a essência, ponho em prática a racionalização desse novo pedaço do meu eu.

Não sem pestanejar...

Não consegui ver esse distanciamento temporal, não me vejo vetada a raciocinar só no passado, muito menos que todos os meus estudos sejam direcionados pra um lugar longe do presente. ‘Ver’ o que já aconteceu e absorver seus efeitos sempre foi minha forma de sopesar o agora. Não acredito que o que faço hoje, nas minhas leituras e conclusões seja diferente, eu só tenho me embasado mais sobre o passado, e isso nem de longe me tira do eixo.

Vamos ver no que vai dar.


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Eu tenho coisas a fazer, como sempre, e igualmente como sempre as deixo tomar conta da minha cabeça e não dos meus esforços diários. Tenho que organizar isso, antes que a corda se aperte em volta do meu pescoço. Nesse fim de semana vou empreender uma leitura clichê: “Manifesto do Partido Comunista” de Marx & Engels. Já comecei, mas não saí do primeiro capítulo, vamos esperar que eu chegue ao fim e sem precisar de reler eu consiga concluir meu julgo.

Outra coisa, que tinha me prometido era que organizaria meus poemas e textos, não consegui, vão continuar bagunçadíssimos espalhados por vários cadernos, hds e blogs. Um perigo para os meus direitos autorais...

Mais uma coisa...

 - Que tal ser ateia em uma família católica?
 - É assim, eu como muito bem nos feriados, principalmente na páscoa: chocolate 'glorificado' e sem blá, blá, blá da família... E nem preciso encenar nada. Engorda, mas a gente releva.

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Acabei de achar... Muito bom: