sábado, 21 de agosto de 2010

MANIPULAÇÃO

Quando se é contra a manipulação deve se saber que está pisando em ovos. Pois se dizendo militante desse interesse você já está manipulando alguém com a sua opinião.

Geisiane Gomes


Cuidado! Ovos quebram...


postado originalmente em: @geisigomes



sábado, 14 de agosto de 2010

Sem título

Que corpo, céus...
Pesa mais a atmosfera do meu ser.
E a areia me prende no chão.
É impossível esses dias de tédio nas veias.

Não gosto de estar presa a essas obrigações
sei que sou mais que esse fracasso do dia-a-dia.

Minhas mãos esculpem e escrevem,
Meus olhos fotografam,
Minha voz não é das melhores,mas ainda assim verso com prazer.

Sei contar, só se forem histórias.
Números só para datas de beijos e diários.

Queria tanto poder estar lá...
Lá em qualquer lugar que não seja aqui...

11.08.2010
Geisiane A. Gomes

Desnecessariamente humanos

Desnecessariamente humanos
Começamos primitivos e em sua totalidade motora instintivos: alimentávamo-nos, nos reproduzíamos e por fim vinha a morte; éramos nômades e práticos. “Evoluímos” e formulamos nossas ações e diferenciamos nossas operações, passamos por um processo de intelectualização. A vivência psíquica e física humana é o motor para a afirmação da existência pós “irracionalidade animal”. Mas como demasiados que somos, procuramos a muito, sempre algo a mais, somos supérfluos por criação. Queremos ser mais e parecer mais, a superiorização e a divisão são correntes no nosso pensar. Saturamos nossos níveis de normalidade vital para podermos nos sobressair, nos individualizar; no geral captar prêmios extracorpóreos para sermos únicos. A inútil expectativa de estar presente nos pensamentos e vivos com um todo biológico e psicológico é a razão de gastarmos nossas forças com coisas além do instinto animal. Queremos confortavelmente nos sentir vivos e únicos.


Geisiane A. Gomes 
14.08.10

Michael Bublé - Feeling Good (Video)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Seven Day Mile - The Frames ( House MD )



Seven Day Mile

Your will changes everyday

It's a choice you gotta make

I can't help you if I want to

Down here nothing gets a chance

It's a threat that's real enough

We can burn this bridge or stay here

It's a breeze everlasting like time

Making so sure that

I can return just to see it from your side again

Always never seems to work

It's a word you never learned

I don't really see a way clear

It's a sea ever churning in tides

In the sureness of time

That our words will repeat now forever again

Well this might take a while to figure out now

So don't you rush it

And hold your head up high right through the doubt now

'Cause it's just a matter of time

You've been running so fast

It's the seven day mile

Has you torn in-between here and running away

I don't have a choice in this

It's a road I've come upon

You can join us if you want to

Always never seems to work

It's a word we never learned

Time will be the judge of all here

This might take a while to figure out now

So don't you rush it

And hold you're head up high right through the doubt now

'Cause its just a matter of time

You've been running so fast

It's the seven day mile

Has you torn in-between here and running away

It's line you've been wanting, it's your time

It's the seven day mile

Has you torn in-between here and never again

Never again

TRADUÇÃO:

Caminho de Sete Dias

As mudanças que você faz todos os dias

Isso é uma escolha que você deve fazer

Eu não posso ajudar você se eu quiser

Daqui para baixo, nada tem chance

É uma ameaça real o suficiente

Podemos passar esta ponte ou ficar aqui

É uma brisa eterna como o tempo

Tendo tanta certeza de que

Eu posso voltar para ver isso do seu lado novamente

"Sempre" nunca pareceu funcionar

É uma palavra que você nunca aprendeu

Eu realmente não vejo uma forma clara

É um mar sempre se agitando nas mares

Na certeza do tempo

Que as nossas palavras vão se repetir agora, sempre de novo

Bem, isso pode demorar um pouco para descobrir agora

Então não se apresse

E mantenha a cabeça erguida bem alto atravada para a dúvida, agora

Porque é apenas uma questão de tempo

Vocês estão correndo tão rápido

É o caminho de sete dias

Você vem rasgado aqui no meio, e fugido

Neste caso, eu não tenho escolha

É uma estrada, eu vim por ela

Você pode se juntar a nós se quiser

"Sempre" nunca pareceu funcionar

É uma palavra que nunca aprendemos

O tempo será juiz de todos aqui

Isso pode demorar um pouco para descobrir agora

Então não se apresse

E mantenha a cabeça erguida bem alto atravada para a dúvida, agora

Porque é apenas uma questão de tempo

Vocês estão correndo tão rápido

É o caminho de sete dias

Você vem rasgado aqui no meio, e fugido

É a linha que você esteve esperando, É o seu tempo

É o caminho de sete dias

Você vem rasgado aqui no meio, e nunca mais

Nunca mais

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Poema.


O sono do imortal

Sabe aquele dia
Antes de ontem,depois de hoje?
Onde o tempo era tal qual no céu e no peito...
Um grande marasmo.

O lençol não era velho,mas já transparecia como renda
Foram as lavadas que o fizeram assim...
A cama de madeira e o travesseiro de algo maleável .

Pela janela,pra qual se dava de frente
Passavam os grunhidos de tudo fora...
Claro,fora até o muro.
Pela porta só os passos
E mesmo eles eram tão vagos.

Sabe aquele dia
Em que no céu se via a lua e se sentia o sol?
Eu chorava o tédio sentada em um grande livro.
Meus pés no chão frio
E minhas mãos presas nos nós do meu cabelo
Era um perigo, quase uma assombração.
Olhos fundos,boca seca e problemas para ouvir
Tudo lá em mim,mas nada que eu queria.

Sabe aquele dia
Em que nada além de nada acontecia?

Os macacos não me irritavam,
Nem o chocolate dava vida.
Na TV o pior dos filmes
Na estante os livros mais medonhos
Nas veias o mesmo sangue,o mesmo plasma, o mesmo lixo.

Há céus, sabe naquele dia
tudo só era resto.
Meu fel era afetuoso, mas os doces tão sarcásticos
Que eu só queria saber de cama
E só por pirraça do tempo eu estava presa.
Ao tempo, ao dia, a imortalidade - Que adivinha do saber
E claro do marasmo do cérebro que só ia atrofiando...
Cada dia mais sem chão.
A cada dia mais sem teto.

Geisiane A. Gomes
05/ agosto/ 2010.